Jurídico

É preciso ser dura para liderar no Direito?

Juíza federal Alessandra Belfort, especialista em Neurolaw, revela como combinar empatia e firmeza para exercer uma liderança equilibrada e inspiradora

No ambiente jurídico, onde a lógica, a hierarquia e a competitividade ainda prevalecem, muitas mulheres sentem que precisam “endurecer” para serem respeitadas. Mas será que autoridade e empatia realmente não podem coexistir?

A juíza federal Alessandra Belfort, especialista em Neurolaw — área que conecta Direito e neurociência —, defende que essa tensão entre dureza e sensibilidade nasce tanto de fatores culturais quanto de padrões mentais enraizados.

“Durante décadas, o modelo de liderança valorizou o controle e a racionalidade extrema. Porém, a neurociência mostra que a empatia é uma habilidade estratégica, essencial para decisões mais conscientes e para o fortalecimento de equipes coesas”, explica.

Segundo Alessandra, mulheres no Direito frequentemente enfrentam um paradoxo: precisam demonstrar técnica e autoridade, sem parecerem frias ou distantes. “Essa dualidade cria um peso emocional enorme. Muitas acreditam que, para serem respeitadas, precisam abrir mão da empatia — quando, na verdade, ela é um diferencial poderoso”, afirma.

A magistrada ressalta que compreender o funcionamento do cérebro pode transformar a forma de liderar. “Líderes que regulam as próprias emoções e conseguem perceber o estado emocional dos outros tomam decisões mais assertivas, especialmente sob pressão. Isso não é fraqueza; é maturidade emocional.”

Para Alessandra, firmeza e acolhimento não se excluem — são dimensões complementares. “Firmeza é estabelecer limites com clareza. Empatia é enxergar as pessoas por trás das funções. Quando essas duas forças caminham juntas, a liderança ganha autenticidade e respeito genuíno.”

A juíza destaca ainda que o equilíbrio começa com autoconhecimento. “Liderar é, antes de tudo, entender a si mesma. Saber quais emoções influenciam suas decisões e aprender a administrá-las permite agir com propósito e consistência.”

Com trajetória sólida no Judiciário e experiência em posições de comando, Alessandra acredita que abrir esse diálogo é fundamental. “Mulheres no Direito não precisam escolher entre ser fortes ou sensíveis. A verdadeira liderança combina técnica, empatia e inteligência emocional. Autoridade de verdade não impõe medo — inspira confiança.”

Juíza federal Alessandra Belfort, especialista em Neurolaw, revela como combinar empatia e firmeza para exercer uma liderança equilibrada e inspiradora

No ambiente jurídico, onde a lógica, a hierarquia e a competitividade ainda prevalecem, muitas mulheres sentem que precisam “endurecer” para serem respeitadas. Mas será que autoridade e empatia realmente não podem coexistir?

A juíza federal Alessandra Belfort, especialista em Neurolaw — área que conecta Direito e neurociência —, defende que essa tensão entre dureza e sensibilidade nasce tanto de fatores culturais quanto de padrões mentais enraizados.

“Durante décadas, o modelo de liderança valorizou o controle e a racionalidade extrema. Porém, a neurociência mostra que a empatia é uma habilidade estratégica, essencial para decisões mais conscientes e para o fortalecimento de equipes coesas”, explica.

Segundo Alessandra, mulheres no Direito frequentemente enfrentam um paradoxo: precisam demonstrar técnica e autoridade, sem parecerem frias ou distantes. “Essa dualidade cria um peso emocional enorme. Muitas acreditam que, para serem respeitadas, precisam abrir mão da empatia — quando, na verdade, ela é um diferencial poderoso”, afirma.

A magistrada ressalta que compreender o funcionamento do cérebro pode transformar a forma de liderar. “Líderes que regulam as próprias emoções e conseguem perceber o estado emocional dos outros tomam decisões mais assertivas, especialmente sob pressão. Isso não é fraqueza; é maturidade emocional.”

Para Alessandra, firmeza e acolhimento não se excluem — são dimensões complementares. “Firmeza é estabelecer limites com clareza. Empatia é enxergar as pessoas por trás das funções. Quando essas duas forças caminham juntas, a liderança ganha autenticidade e respeito genuíno.”

A juíza destaca ainda que o equilíbrio começa com autoconhecimento. “Liderar é, antes de tudo, entender a si mesma. Saber quais emoções influenciam suas decisões e aprender a administrá-las permite agir com propósito e consistência.”

Com trajetória sólida no Judiciário e experiência em posições de comando, Alessandra acredita que abrir esse diálogo é fundamental. “Mulheres no Direito não precisam escolher entre ser fortes ou sensíveis. A verdadeira liderança combina técnica, empatia e inteligência emocional. Autoridade de verdade não impõe medo — inspira confiança.”

Fonte: Daiane Bombarda Maio

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