“Janeiro Branco”: porque ação governamental deve pegar no Brasil
Em um mundo movido por agendas lotadas e exigências incessantes, o cuidado com a saúde mental emerge como um imperativo para garantir não apenas a sobrevivência, mas uma vida plena e equilibrada. Em sintonia com o movimento “Janeiro Branco”, a especialista em saúde mental, instrutora de yoga, meditação e mindfulness, Rosane Ventura, compartilha sua jornada pessoal de autoconhecimento e ressalta a urgência de priorizar a saúde mental.
“No mês de conscientização de saúde mental no movimento do Janeiro Branco, trago a lembrança que saúde mental não se trata de ausência de transtornos mentais como muitas vezes a sociedade acaba julgando por falta de conhecimento. A saúde mental está relacionada à forma como a gente reage ao que nos acontece na vida e a forma que a gente se harmoniza com nossos desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. A mente comanda tudo, e pouco se cuida dela”, destaca Rosane.
Rosane, que há quatro anos decidiu redirecionar sua trajetória dedicando-se a terapias holísticas e práticas ancestrais, é uma defensora incansável do equilíbrio e bem-estar. Sua experiência pessoal a levou a abandonar uma rotina exaustiva de trabalho, priorizando o autocuidado e o autoconhecimento.
O Janeiro Branco, nesse contexto, ganha relevância como um catalisador para a discussão aberta sobre a saúde mental. A campanha escolheu o tema “Saúde mental enquanto há tempo! O que fazer agora?” como reflexão sobre a urgência de tratar e prevenir condições de saúde mental.
A iniciativa do governo brasileiro, representada pela Lei federal Nº 14.556, promulgada em 25 de abril de 2023, marca um compromisso formal com a promoção da saúde mental no país. Um avanço significativo que ressalta a importância das abordagens preventivas e educativas na área da saúde mental.
Os números alarmantes da Organização Mundial da Saúde (OMS), indicando que aproximadamente 12 milhões de brasileiros são afetados pela depressão e 20 milhões sofrem de transtorno de ansiedade, reforçam a necessidade de ações efetivas. A saúde mental, muitas vezes negligenciada, impacta todas as esferas da vida, com consequências particularmente graves no ambiente de trabalho.
“Na última revisão da OMS, em 2019, já éramos mais de 1 bilhão de pessoas com adoecimento mental. Chegou a hora de despertarmos. Se você toma banho e se alimenta todo dia, porque não limpa sua mente diariamente e alimenta ela de escolhas mais positivas e conscientes?” enfatiza Rosane Ventura.
No contexto empresarial, Rosane destaca a importância das empresas se informarem sobre o tema e implementarem ações focadas no bem-estar dos colaboradores. A atenção à saúde mental não apenas demonstra responsabilidade social, mas também contribui para o fortalecimento do capital humano e para o sucesso a longo prazo das organizações.
Neste Janeiro Branco, Rosane Ventura reforça o apelo por uma mudança de mentalidade em relação à saúde mental. Afinal, cuidar da mente é investir no alicerce de uma vida plena, consciente e equilibrada, enquanto ainda há tempo.