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MODERNOS ETERNOS RIO

Evento pioneiro em unir design e arquitetura à arte e à moda, com profissionais de ponta da indústria criativa, prorroga temporada no Rio, onde é realizado pela primeira vez. Ações presenciais acontecem até 30 de outubro e as remotas, no site da mostra.

“Uma mostra não tem que seguir tendências, mas lançá-las” (Sergio Zobaran,idealizador e curador do Modernos Eternos)

Era o ano de 2014 quando um pequeno evento surgiu em São Paulo trazendo um tema para as mostras de decoração: o mix&match do antigo e do novo. O acontecimento unia arte, arquitetura, design e antiguidades e reunia profissionais de escolas diversas, integrantes do que hoje é chamada de Indústria Criativa. O evento em questão era o Modernos Eternos, e seu nome não poderia ser mais apropriado. Por trás (ou melhor, à frente) da iniciativa, um profissional de Comunicação atuante (e irrequieto) há 46 anos: o jornalista, publicitário e RP Sergio Zobaran ao lado de Maria di Pace, então sua sócia.

A Modernos de Belo Horizonte nasceu em 2016, sempre sob o comando de Josette Davis, hoje sócia da marca. São 13 edições nas duas cidades – sete em SP e seis na capital mineira. A mostra chegou pela primeira vez ao Rio neste mês de outubro. A edição carioca reúne 20 participantes entre arquitetos (12 ao todo), designers, cenógrafos, artistas visuais, estilistas e professores de design e arte. E mescla eventos presenciais e remotos, que podem ser acompanhados através do site modernoseternosrio.com. O evento chegou de mansinho e tem agora sua realização presencial prorrogada até 30 de outubro. As exibições remotas poderão ser vistas além dessa data. 

Eclético é um adjetivo que vem (muito) bem a calhar em se tratando de Modernos Eternos – e seu uso nada tem de banal. A edição carioca une nomes como o dos designers Andréa Fasanello e o coletivo Dexpo PUC-Rio, formado por professores daquela universidade; arquitetos como Francisco Hue – filho de Jorge Hue (1923-2021), referência na área – e  Antonio Carlos Pereira Guimarães; artistas visuais do naipe de Walter Goldfarb Roma Drumond e Dudu Garcia; além de nomes como o de Stephanie Wenk, diretora de criação da Sauer, e Paloma Danemberg, curadora do AD Studio. São profissionais de seis estados brasileiros e também de fora do país, caso da arquiteta e paisagista colombiana Úrsula Hernández Vélez. “Trata-se de um convite à reflexão ampla e aberta sobre arquitetura, design, arte e moda”, resume Sergio Zobaran, curador e idealizador da mostra. 

Modernos Eternos tem um olhar sobre a atualidade e outro sobre legados que não podem ser esquecidos. Uma prova disso é a homenagem que a edição carioca presta a um nome pioneiro na moda brasileira: o de Zuzu Angel (1921-1976). Essa estilista e ativista política mineira, cuja fama ganhou o mundo, completaria 100 anos neste 2021. A homenagem ocupa virtualmente o Museu da Moda/Casa Zuzu Angel, aos pés do Maciço da Tijuca. “No museu ou fora dele, cada criativo tem liberdade para elaborar suas ideias em composições autorais e conceituais com inspiração no tema Ecletismo”, salienta Zobaran.

Os eventos presenciais acontecem em áreas diversas da cidade, da Zona Norte à Zona Sul, passando pelo Centro: é o movimento da mostra chamado Fuori Modernos, em espaços como o AD Studio, no Shopping Leblon, e a galeria Gozto, no Largo do Boticário, culminando em locais como uma fábrica de móveis. Isso mesmo. 

“Só falta reunir a Zona Norte à Zona Sul”. Assim reza o poeta Antonio Cícero num dos versos de “O último romântico”, sua parceria com Lulu Santos. Faltava, podemos dizer. Para o Modernos Eternos não há divisas geográficas. São Paulo, Belo Horizonte e agora o Rio que o digam. 

Os participantes do Modernos Eternos RJ:

1. Alexandre Bianco – RJ (arquiteto e paisagista)

2. Ana Paula Magalhães – BA (arquiteta)

3. Andrea Tarnowski Fasanello – RJ (design)

4. Antonio Carlos Pereira Guimarães / “China” – RJ (arquiteto)

5. Beto Figueiredo / Ouriço Arquitetura – RJ (arquiteto)

6. DEXPO PUC-Rio – RJ (professores e designers do Dpto. de Artes e Design)

7. Dudu Garcia – RJ (artista plástico) 

8. Fabiano Prates Ravaglia – RJ (arquiteto)

9. Francisco Hue – RJ (arquiteto)

10. Gustavo Martinelli – RJ (biólogo paisagista)

11. Juliana Lima Vasconcellos – MG (arquiteta e designer)

12. Maria Pfisterer – RJ (cenógrafa e decoradora)

13. Maximiliano Crovato – SP (arquiteto e designer)

14. Paloma Danemberg – RJ (curadora AD STUDIO)

15. Roma Drumond – RJ (artista plástica)

16. Stephanie Wenk – RJ (diretora de criação SAUER) 

17. Tatiana Coutinho e Roberta Vilela ES (arquitetas)

18. Úrsula Hernández Vélez – Colômbia (arquiteta e paisagista)

19. Walter Goldfarb – Rio (artista plástico)

20. Wesley Lemos – SE (arquiteto)

Visitas remotas:

Os projetos de arquitetura, vídeos de artes visuais e depoimentos dos profissionais participantes podem ser assistidos no site modernoseternosrio.com

Visitas presenciais:

“Em busca da essência”, exposição de Roma Drumond

Local: Galeria Patrícia Costa. Shopping Cassino Atlântico (Av. Atlântica, 4240, Copacabana). Até 26 de outubro

“Homenagem a Zuzu Angel”, ambientação do arquiteto Beto Figueiredo

Local: AD Studio por Paloma Danemberg. Shopping Leblon (Av. Afrânio de Melo Franco, 290, 2º piso).  Até 30 de outubro

“Oásis”, exposição de Maximiliano Crovato

Local: Largo do Boticário, 1. Visitas agendadas pelo telefone 11 98547-0320

Sobre o curador:

Sergio Zobaran é jornalista, publicitário, produtor, atuante no mercado de Comunicação e no segmento de eventos há 46 anos. Sócio-fundador da marca Modernos Eternos, é, desde 2014, curador das edições anuais da mostra – a primeira a ter uma edição virtual no Brasil. É autor de “A Segunda Imprensa” (Rocco), “Evento é assim mesmo!” (Senac), e de “André Piva Arquitetura” (Zeta). Como professor, deu aulas de Assessoria de Imprensa na UniverCidade, no Rio, e de Eventos na pós-graduação da Universidade Anhembi-Morumbi, em São Paulo. 

Fonte: Christovam de Chevalier / Chevalier Comunicação

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