Autores de Imagens – Pela primeira vez em 40 anos, a Bienal do Livro recebe um stand dedicado à Fotografia
O espaço será dividido por 26 profissionais entre 1º e 10 de setembro e contará com livros fotográficos, palestras e rodas de conversa sobre o tema
A editora Luminatti, do editor e fotógrafo Ricardo Siqueira, traz um feito inédito para essa Bienal. Pela primeira vez em 40 anos de existência, a Bienal do Livro terá um stand dedicado aos livros de fotografias com palestras e roda de conversas com grandes talentos das câmeras no projeto Autores de Imagens. Ana Branco, André Arruda, Edu Simões, Guina Ramos, Gustavo Pedro, João Farkas, Luís Baltar, Monique Cabral, Renato Negrão, Ricardo Beliel, Rogerio Reis, Valdemir Cunha, Yara Schreiber, entre outros, sob a coordenação de Ricardo Siqueira estarão presentes conversando sobre sua arte, técnica e sensibilidade, de 01 a 10 de setembro.
Cada fotógrafo terá a oportunidade de falar sobre sua trajetória, expor suas imagens em projetor e falar da relação com as fotos e os livros publicados. “Não se trata de um estande comercial. A venda é um acessório. O objetivo é mostrar às pessoas que o fotógrafo pode ser editor de livros importantes, que têm conteúdo. Além de democrático e acessível, no livro, o autor consegue publicar a imagem da exata forma que concebeu, diferente de outras plataformas como o Instagram, por exemplo, que impõe cortes verticais nas fotos”, pontua Ricardo Siqueira, editor da Luminatti que complementa que como a fotografia é importante como meio de linguagem, basta abrir um livro para compreender a mensagem.
Na ocasião, haverá, ainda, o lançamento do mais recente título da Luminatti, o décimo sétimo da editora, o livro “Energia do Ar”, o primeiro não autoral de Siqueira. Desta vez, ele convocou 10 fotógrafos para mostrar variadas interpretações e ângulos inusitados da fascinante estética da geração de energia eólica. Este projeto tem apoio da Prefeitura do Rio de Janeiro através da Lei de Incentivo à Cultura.
Serviço:
Evento: Projeto Autores de Imagens – Stand da Luminatti na 40ª Bienal do Livro
Data: 1 a 10 de setembro
Local: Stand T27, localizado no Pavilhão Verde do Riocentro
Endereço: Avenida Salvador Allende, 6555 Barra da Tijuca
Tel.: +55 (21) 2441-9100
Horário: 10h às 22h.
Assessoria de Comunicação
Lenke Pentagna 21 99985-2555 e Beatriz Lima 21 96413-1323
Palestras de fotógrafos no stand da Luminatti:
Dia 6/9:
16h Vinícius Garcia
18h Malu Mesquita
19h Renato Negrão
Dia 7/9:
16h Miriam Ramalho
17h André Arruda
18h Luiz Baltar
Dia 9/9:
16h Yara Schreber
17h Monique Cabral
18h Ricardo Beliel
19h Edu Simões
10/9
15h Ricardo Siqueira
16h Gustavo Pedro
17h José Caldas
18h Marco Terranova
Informações Adicionais
Ricardo Siqueira – fotógrafo e idealizador do estande da Luminatti na Bienal do Livro. Na fotografia há mais de 30 anos, Siqueira fez um projeto cultural, onde os autores fotógrafos teriam espaço para divulgar seus trabalhos e falar do livro como suporte da fotografia. O projeto foi aprovado pela prefeitura carioca, conseguiu patrocinadores e agora, terá esse primeiro espaço na Bienal. O viés são livros com autores fotógrafos.
Perfil dos Fotógrafos
Ana Branco – Carioca, em 1989, seguiu na profissão de fotojornalismo, primeiro no Jornal dos Sports e depois, em outubro de 1992, entrou para o Jornal O Globo onde atua até o presente momento. Em 2016, começou a participar de grupos de artistas para produção de livros artesanais. Com dois livros prontos, Caderno de Escola e Sousa Lima 375, já participou de inúmeras feiras de livros de artista e, em 2019, participou da BA Photo, em Buenos Aires, com o grupo do Livro Inventado. Sua obra Caderno de Escola reúne um conjunto de imagens que apresentam em fragmentos o que ficou conhecido como o Desastre de Mariana. Vestígios, impedimentos, cortes abruptos, quadros negros desfeitos, carteiras soterradas, escolas destruídas, livros e seres engolidos por lama. Livro Inventado é um conceito aberto. Em sentido prático é um suporte hibrido de livro de artista, fotolivro, fanzine, impressos, livro objeto, livro manifesto e também, livro como exposição, livro como performance, etc.
Guina Ramos – Criador da editora própria Guina &dita, tem publicado fotos em formato comum de livro. Guina Ramos explica que o mais conhecido deles foi confeccionado com fotos suas em preto e branco do tempo em que trabalhou em jornal. “Ficou mais fácil publicar por demanda, porque era um custo razoável para você vender por um preço normal”. São textos acompanhando a trajetória de um personagem, totalizando 100 fotos. A edição foi fechada com um tom de prosa poética. Outras fotos resultaram no livro Bonecos e Pretinhas, em que relaciona os fotógrafos que fazem os “bonecos” com os repórteres que trabalhavam com as teclas das antigas máquinas de escrever, conhecidas no jargão jornalístico como “pretinhas”. “Selecionei umas 300 pessoas que fotografei algum dia para fazer matéria”. Guina Ramos tem também um livro de memórias no qual conta histórias, com fotos e reportagens, intitulado A Outra Face das Fotos. No stand, ele vai falar de sua experiência de publicar livros por conta própria, com a característica de diálogo entre texto e foto.
João Farkas: João Farkas nasceu e vive em São Paulo. Cursou em Nova York ICP (International Center of Photography) e a School of Visual Arts em 1980-1981 e foi correspondente fotográfico para revistas Veja e Isto É. Foi editor de fotografia da Revista Isto É entre 1981 e 1985. es coleções privadas. O seu trabalho fotográfico sobre o Pantanal é destaque. O.bioma sofre com a escalada das agressões humanas ao meio ambiente, aparece aqui em toda sua majestade, em imagens panorâmicas que se mesclam a retratos de pantaneiros, árvores e animais.
Luiz Baltar: Carioca, suburbano, morador da zona Norte do Rio de Janeiro. Formado em gravura pela Escola de Belas Artes/UFRJ, pós-graduado em fotografia e imagens (Universidade Cândido Mendes) e mestrando em Linguagens Visuais PPGAV/UFRJ. Desenvolve projetos autorais no campo da arte contemporânea e acredita nos diálogos entre fotografia e questões sociais, sobretudo no que diz respeito ao olhar sobre a cidade. A obra Favelicidade retrata o seu trabalho de anos fotografando o cotidiano das favelas e as transformações urbanas na cidade do Rio de Janeiro, projeto dos governos municipal, estadual e federal que pretendiam transformar a cidade para os megaeventos, principalmente Copa do Mundo e Jogos Olímpicos.
Malu Mesquita: Formada em Publicidade e Propaganda pela FIAM/FAAM em 1990. No Stand Autores de Imagens da Bienal, a artista apresenta o fotolivro: “Rede de Proteção” que aborda os anos pandêmicos. O livro tem um projeto gráfico arrojado e as imagens fazem menção ao período em que a autora passou isolada dentro de seu apartamento, no bairro da Mooca, em São Paulo. O título é uma referência as redes ou telas usadas em sacadas e janelas de edifícios altos para proteger contra quedas. Com mais de 100 páginas ele apresenta um ensaio feito a partir da janela do apartamento da artista, porém o que se vê são imagens subjetivas de uma mesma paisagem. Impedida de sair de casa, Malu passou a comprar pela internet, objetos e coleções de slides e negativos de filmes revelados, para usar na frente de sua câmera, o resultado são imagens que provocam uma espécie de vertigem, uma sensação análoga ao sentimento de insegurança causado pela pandemia.
Monique Cabral: fotógrafa apaixonada pelo mundo natural e suas belezas, sendo uma verdadeira amante dessa arte visual. Com formação acadêmica e mestrado em Artes e Fotografia Documentária pelo Royal College of Arts de Londres. Há mais de 40 anos, viaja pelo Brasil e pelo mundo, clicando as mais diversas paisagens naturais e culturas. Algumas fotografias suas já foram premiadas tanto no Brasil quanto na Inglaterra.Durante 2020 por conta da pandemia do COVID 19, a artista e seu companheiro Miguel Buck, cumpriram o severo isolamento em um pequeno apartamento no interior de São Paulo. Passou a fotografar diariamente as deslumbrantes mudanças nas paisagens vistas das quatro janelas Estava de frente para uma área de proteção ambiental muito verde, extremamente ameaçada pela proximidade de um centro urbano. Um bordo entre dois mundos diversos e contrastantes, que ao seu olhar produzia um efeito visual impactante.
Pedro Amorim: é fotógrafo, advogado e pesquisador em temas de Direitos Humanos e Arte e Comunicação. Também deve parte de sua formação artística à Escola Livre de Artes Visuais do Parque Lage, onde foi monitor de Marcos Bonisson e Fernando Cocchiarale. Lá, também teve aulas com Anna Bella Geiger e Antoine d’Agata quando de sua passagem pelo Brasil em 2022. Seus temas de pesquisa são também os temas que mais trabalha nas fotografias, de forma que seus trabalhos dialogam com a noite, a solidão, as paisagens noturnas e os sonhos. Destaque para o livro Outro Carnaval que aborda fantasias e excessos. Cantado, documentado, transforma-se em arte e ocupa o cubo branco.Registros sobre a melancolia da vida de antes, olhares, os suspiros, os corpos. É como um sopro, uma pequena Quarta-Feira de Cinzas.
Vinicius Garcia: Fotógrafo profissional há mais de uma década tem com a fotografia uma paixão antiga. Vinícius Garcia é especialista em paisagens e vê na profissão um sentido a mais para explorar o mundo, a fotografia acaba sendo um motivo para ir a lugares que não iria se não fosse para fotografar. Em 2021 lançou seu livro “África”, uma coleção particular sobre diversos países do continente. Na Bienal, o público poderá conhecer a história do livro na qual o fotógrafo Vinícius Garcia apresenta toda sua paixão pelo continente africano. Depois de mais uma década viajando constantemente por diversos países, em diferentes situações, ele faz um recorte e mostra no livro a pluralidade de um lugar tão especial para a humanidade.
Márcio Menasce – Formado em jornalismo, pós-graduado em Fotografia e mestre em Artes Visuais pela Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro EBA/UFRJ. Apresenta o fotolivro “Em Concha”. Lançado no primeiro semestre de 2021, com recursos da Lei Aldir Blanc, o fotolivro “Em Concha” é uma narrativa visual poética sobre os catadores de mariscos da Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro. Marcio Menasce acompanhou a rotina desses trabalhadores em diversas ocasiões desde 2017. O trabalho rendeu menção honrosa no prêmio Poy Latam de fotografia, foi finalista do Primeiro Concurso de Fotografia Contemporânea da América Latina promovido pela organização mexicana Luz del Norte.
Renato Negrão: o artista faz parte de um coletivo de fotógrafos que trabalham juntos desde 2020. Em 2021 o grupo ganhou um edital da prefeitura de São Paulo com um projeto de múltiplas linguagens chamado “Prosa em Rede” e criou um curso de arte-educação, onde lecionaram para uma turma de 10 pessoas da periferia da cidade. No Stand da Bienal, o público irá conhecer o Livro: “Prosa Fotográfica” de autoria do Coletivo Prosa Fotográfica (2021), produzido a partir das imagens geradas por um grupo de fotógrafos que se reuniam, de forma online, toda semana durante os anos de 2020 e 2021. Participou do Festival Imaginário de 2021 e do Foto em Pauta, festival de fotografia de Tiradentes, MG, em 2022.
Ricardo Beliel – Estudou gravura no MAM/RJ com Fayga Ostrower, Ana Letycia e Ruddy Pozzati. Em 1973, começou a fotografar os músicos Caetano Veloso, Gilberto Gil, Egberto Gismonti e grupo O Terço. Em 1976, entrou para o jornalismo como fotógrafo do Jornal O Globo. Por seis anos fez parte da agência GLMR & Saga Associés em Paris, produzindo reportagens fotográficas na América Latina e África. Apresenta no stand Autores de Imagens, o fotolivro “Memórias sangradas: vida e morte nos tempos do cangaço” que entrelaça histórias de 43 personagens que vivenciaram o cangaço, aspectos da vida sertaneja e a própria experiência de Beliel em busca dessas histórias por mais de uma década. O livro foi Finalista do Prêmio Jabuti 2022 em duas categorias (Biografia e Reportagem e Produção Gráfica), da Convocatória de Fotolivros da revista Zum do Instituto Moreira Salles, do Brasil Design Awards e Medalha de prata do Prêmio Bornancini 2022.
Rogerio Reis – Rogério Reis nasceu no Rio de Janeiro, em 1954, onde ainda vive e trabalha. Formou-se em jornalismo pela Universidade Gama Filho em 1978, quando já trabalhava há um ano como fotógrafo do Jornal do Brasil. Em 2002 seu retrato do poeta Carlos Drummond de Andrade sentado na praia de Copacabana serviu de base para uma escultura de Leo Santana que hoje é uma das referências turísticas do Rio de Janeiro. Rogério inspirou o personagem do fotógrafo de mesmo nome do filme Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, baseado no livro de Paulo Lins.
No Stand da Bienal, Rogério Reis apresenta a obra Olho nu (Instituto Olga Kos, 2021), seu o novo livro a ser lançado nas livrarias em setembro. A bela publicação editada pelos irmãos João e Kiko Farkas, reúne um consistente apanhado do trabalho de Rogério, cuja trajetória marca cerca de 40 anos ininterruptos. Todo em preto e branco, bilíngue (inglês/português), Olho Nu é dividido em trabalhos conhecidos de Rogério Reis, como Na Lona, Ninguém é de Ninguém, momentos de sua longa carreira como fotojornalista como o registro dos surfistas de trem do ramal de Japeri do Rio de Janeiro, trabalho de repercussão internacional, para a Agência F4, entre outras imagens deslumbrantes nas ruas e praias do Rio de Janeiro, muitas inéditas como as freiras no Leblon, RJ, que referenciam o instante decisivo Bressoniano.
Foto de Rogério Reis
Miriam Ramalho – Carioca, formada em Artes Plásticas e Letras. Participa de expedições fotográficas desde 2013 viajando pelo Brasil e pelo mundo com fotógrafos conceituados. Vietnam, Índia, China, Benin, Togo, Guatemala, Etiópia, Mianmar e Camboja são alguns dos países fotografados. Recebeu inúmeras premiações nacionais e internacionais sobre seu trabalho na Etiópia. É sobre esse ensaio que ela fará a sua palestra no stand Autores de Imagens. Seu foco se mantém na população e seus aspectos culturais e religiosos. Percorre os principais pontos do país, dando um panorama da Etiópia. Do Vale do Omo e seus povos originários, até as igrejas de Lalibela esculpidas em pedra. Este livro é o segundo de uma coleção sobre a África que Míriam Ramalho vem construindo ao longo dos anos.
Yara Schreiber Dines – pós-doutora em Fotografia pela Universidade de São Paulo. grafa imigrante moderna” (2017, 2016), dentre outras. Escreve para a revista L´Oeil de la Photographie No stand Autores de Imagem, Yara apresentará a obra Fotógrafas Brasileiras, Imagem Substantiva, que traz à tona uma ampla produção de mulheres fotógrafas com atuação nos séculos 20 e 21 no Brasil. Um conjunto variado de olhares e diferentes interesses dentro da linguagem fotográfica, um recorte com foco em memória, gênero, antropologia visual e história da fotografia no país. Trata-se de um traçado de diálogos, contrastes e particularidades entre a produção artística de mais de 60 mulheres, um passo na direção de diminuir as lacunas de uma história secular, ainda pouco registrada.
Valdemir Cunha – Atuou durante 20 anos no mercado editorial nas empresas Editora Azul, Editora Abril e Editora Peixes como editor de fotografia e Editor Executivo das revistas Terra, Viagem & Turismo e Próxima Viagem. Viajou por mais de 100 países produzindo imagens para essas publicações. Também atuou nas revistas da Gol, Azul e Latam, entre outras revistas de turismo do Brasil e de países da Europa. Chefiou equipes de fotógrafos, criou um controle de qualidade visual e um sistema de produção de imagem sem precedentes no mercado editorial brasileiro. Tem 27 livros publicados, entre eles Brasil Invisível, Vaqueiro das Águas e Pantanal. Seu último trabalho é o livro Éden. A partir de 2010 passou a atuar como publisher da Editora Origem que possui mais de 80 autores em seu portfólio entre eles, Rogério Assis, André Dib, Eustáquio Neves, Pedro David, Ana Carolina Fernandes, Marcelo Greco, Renato Soares entre outros.
ge em 2018, na condição de artista homenagead
Gustavo Pedro de Paula: fotógrafo especializado em fotografia ambiental, tendo publicado em diversos livros distribuídos nacional e internacionalmente. O livro Parque Estadual dos Três Picos (Editora Luminatti) será apresentado no stand e retrata o maior parque natural do Estado do Rio de Janeiro, com seus mais de 65 mil hectares e elevado índice de biodiversidade. São diversos biomas que começam numa altitude de 150m e vão até os 2.000m. Após 16 anos da criação do parque este é o primeiro livro a explorar o local de forma completa. São dez anos registrando imagens do parque, que abrange os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis, Cachoeiras de Macacu, Guapimirim e Silva Jardim. O livro conta com uma seleção de 170 fotos, além de textos de 71 convidados especiais, como o teólogo e escritor Leonardo Boff, o ator e humorista Hélio de la Peña, o maratonista Cristiano Goldenberg e o diretor de Biodiversidade do Instituto Estadual do Ambiente Paulo Schiavo.
Edu Simões—Começou sua carreira como fotojornalista. Pertenceu ao staff da Agência F4. Foi editor assistente da Revista Isto É e editor de fotografia das Revistas Goodyear, República e Bravo. Em 1980 recebe o Prêmio Vladimir Herzog de Direitos Humanos e em 2012 o prêmio Marc Ferrez Foi fotógrafo exclusivo dos Cadernos de Literatura Brasileira do IMS (1996-2012). Sua obra está presente nas coleções do Masp, MAM-SP, Pinacoteca do Estado, MIS-SP, MON – Museu Oscar Niemayer (Curitiba/PR), Instituto Figueiredo Ferraz e também na Maison Européenne de la Photographie (Paris/França) e no Consejo Mexicano de Fotografía (México/DF). Entre seus livros publicados e apresentados na Bienal está Retratos da Juventude Negra Brasileira (Editora Bazar do Tempo) ; MARMITES ( Editions Bessard); O Inferno Verde (Zine) entre outros.
Cristina Zarur: jornalista, escritora e fotógrafa: Pós-graduada em Fotografia e Imagem pela Universidade Cândido Mendes. Participa do grupo “Lombada” e do “Livro Inventado”, ambos voltados para pesquisa de narrativas e poéticas visuais no suporte livro. Sua obra, abordada no stand, inclui o livro “Amostra Sativa” é uma abordagem documental sobre a cultura cannábica, e envolve desde as etapas do plantio à síntese do remédio. O livro faz parte do projeto fotográfico “4:20”, um ensaio livre sobre maconha em seus aspectos medicinais e recreativos.
Marcos Bonisson: artista e professor de artes visuais. Além de ter participado em diversas mostras coletivas de Arte no Brasil e no exterior. Os seus filmes experimentais já foram apresentados em mais de noventa festivais e mostras internacionais de cinema e arte, ganhando mais de quinze diferentes prêmios na categoria de melhor filme experimental em curta-metragem. Seu livro ESPECTRA, um dos seus temas na Bienal,é uma coletânea de três séries fotográficas, a partir de um recorte específico de tempo (1977-1987). Uma série realizada no Brasil e duas em Nova York onde o artista morou por quase dez anos. O Livro na dimensão de 21 cm x 29 cm com 74 páginas foi lançado em plataforma digital pela Piscina Pública Edições (SP) em dezembro de 2022 e em edição limitada assinada pelo autor sob encomenda. (ISBN 978-65-994169-4-1). As séries selecionadas dos arquivos do artista, entre os anos de 2020 e 2022 (tempo de uma peste global) refletem sobre a impermanência de coisas e seres frente ao tempo, espectros da arte e poéticas do cotidiano, aspectos relatados, a partir de uma entrevista no final do livro.
Tomaz Silva: original de Arcoverde-PE, o artista vive e trabalha hoje no Rio de Janeiro-RJ. Pós-graduado em Fotografia e Memória pela Universidade Cândido Mendes (UCAM) e cursos livres na Escola de Artes Visuais Parque Lage. Atualmente, atua como repórter fotográfico na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Integrante do grupo Livro Inventado desde 2018.Em seu livro 64.85-14, o título é uma abreviação das datas de início e fim da ditadura, e da captação das imagens no prédio do DOPS, no Rio de Janeiro. Local que abrigou a delegacia responsável pela perseguição política, prisão, tortura, morte e desaparecimento forçado de centenas de pessoas. As fotografias retratam a realidade do prédio no ano de 2014, o descaso do governo com documentos de importância histórica e também a tentativa de apagamento deste passado incômodo por parte das autoridades brasileiras.