Músicas

MOYSEIS MARQUES apresenta seu show “Na Matriz” nesta sexta feira, dia 04, no DRINK CAFÉ da Lagoa.

O cantor e compositor Moyseis Marques apresenta sozinho o show “Na Matriz”, fruto do processo criativo empírico, caótico, heterogêneo e necessário para que os músicos sobrevivessem à quarentena. “Na Matriz” é também o nome da faixa título do seu novo trabalho, um baião denso e poderoso, feito em parceria com Rudá Brauns, o líder do imponente Sexteto Sucupira. O show será apresentado nesta sexta feira, 04 de dezembro, às 20h, no Drink Café da Lagoa, para apenas 100 pessoas. Ingressos a R$ 30 pelo Sympla.

Entre lives e curadorias de festivais online, aulas de música, estudos de novos instrumentos, faxinas domésticas e muito exercício físico, Moyseis resgatou algumas canções, descobriu outras e, ainda, escreveu novas.

Junto com ele, que não anda só, encontramos traços de Wilson das Neves, Joyce Moreno, Moacyr Luz, João Cavalcanti , Alfredo Del Penho, Ivan Lins, João Martins e Elisa Queirós muito presentes. O samba, sempre predominante no repertório, abre alas para os baiões, xotes, capoeiras e toadas que, em sua maioria, exaltam a negritude e as matrizes afro brasileiras.

Sucessos já conhecidos na voz de Moyseis ganharam roupagem intimista, porém não menos visceral, característica marcante da voz desse mineiro de Juiz de Fora que se estabeleceu no subúrbio do Rio de Janeiro aos 20 dias de nascido. “Dificilmente um ‘Luiz Carlos da Vila’ fica fora do repertório!”, brada Moyseis,  referindo-se ao maior poeta do bairro onde se criou: a mesma Vila da Penha de Teresa Cristina, do jogador Romário, de Marcelinho Moreira e Luiza Dionizio, só pra citar algumas personalidades desse simpático lugar no subúrbio da Leopoldina.

A matriz dessas obras é o violão de Moyseis, berço da maioria das canções que serão apresentadas no show, com destaque para “Móbile da Insônia” (dele com Elisa Queiros, voz do Arranco de Varsóvia ) e a metalinguística “Quarentena” (parceria com João Martins), já sucesso das lives do cantor nesses 8 meses de confinamento. Versões para “Chá de Panela” (clássico de Guinga e Aldir Blanc) e “Yaya Massemba” (maravilha de Roberto Mendes e Capinam ) também conquistaram o coração do público e estão entre as mais pedidas, além das autorais “Panos e Planos” (com Luiz Carlos Máximo ) e “Entre os Girassóis” (com Edu Krieger ).

Surpresas ao berimbau ou ao cavaquinho também podem surgir, como nas lives que revelaram versões arrebatadoras de “Terra” (Caetano Veloso) e “Morena de Angola” (sucesso de Clara Nunes, escrito por Chico Buarque), agradando, inclusive, o autor da canção, com quem Moyseis gravou o samba choro “Subúrbio” em seu mais recente DVD, “Passatempo ao vivo” (Biscoito Fino, 2019), em comemoração aos seus – menino, mais já?!? – 20 anos de carreira.

“Na matriz é um passeio pela minha trajetória, apontando para o futuro, ainda incerto, numa condução autossuficiente, versátil e metalinguística”, prevê, sem bola de cristal, Moyseis. “Evoluo na frente da plateia e, com ela, monto o meu roteiro, escolho o que vou cantar e tocar, faço meus arranjos individuais, organizo minha ‘casa’ musical”.

Essa “casa” de Moyseis (que, inclusive, é o nome de outra cantiga sucesso de quarentena) abriga os versos de Luiz Antônio Simas, Socorro Lira e Vidal Assis e abriga, também, a todos nós. É só tirar os sapatos, usar máscara e passar álcool em gel. Contagiemo-nos com a música desse bamba!

Serviço:

DRINK CAFÉ

Av. Borges de Medeiros, s/n. qq 5 – Parque dos Patins – Lagoa Rodrigo de Freitas

Dia 04/12 – Sexta Feira às 20h.

Couvert Artístico: R$ 30,00

Ingressos à venda em www.sympla.com.br e no local. 

João Luiz AzevedoTel / Zap: 021-99731-0933

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